Pr. João Soares da Fonseca

Audio Pastoral

Nada entendo de corrida de cavalo. Mas entendo o drama de pessoas que tudo perderam por terem se deixado enredar nas teias de aranha da jogatina. Para usar uma expressão desse universo mesmo, “apostaram no cavalo errado”.
Há pouco tempo, porém, ouvi esta outra expressão que soube que é bastante utilizada no turfe brasileiro: “cavalo paraguaio”.
O “cavalo paraguaio” é aquele que dispara no início da corrida, dando a impressão de que vai ser o vitorioso da competição, mas depois, perdendo fôlego, acaba chegando entre os últimos.
O cavalo paraguaio é uma frustração. É aquele namorado que mandava flores a cada data especial, mas que depois de casado, se deixa levar pela rotina e esquece a amada.
O cavalo paraguaio é aquele funcionário que a empresa contratou, porque seu histórico profissional prometia muito; mas que depois de algum tempo no trabalho, se revela ser apenas um funcionário a mais.
O cavalo paraguaio é aquele jogador que, ao chegar para o clube, dá entrevistas elogiando o calor “dessa torcida maravilhosa”, beija a camisa, mas depois de alguns jogos sem gol, vaiado, foge dos microfones e despreza a cidade, o time, os torcedores…
O cavalo paraguaio é aquele candidato que víamos sorridente na TV pedindo o nosso voto, prometendo resolver todos os problemas da cidade, do Estado, do País, mas que depois de eleito tem alergia ao eleitor.
O cavalo paraguaio é aquele crente que se declarava apaixonado por Jesus, que iria segui-lo até o fim, não faltava aos cultos, convidava os amigos para vir à igreja com ele, contribuía fielmente para o sustento da obra, orava diariamente, lia a Bíblia constantemente, mas passado o entusiasmo inicial, simplesmente desaparece. Alguém disse que 66% dos líderes mencionados na Bíblia começaram bem mas terminaram mal. E todos sabemos que mais importante que começar bem, é terminar bem. E dizer como Paulo: “acabei a carreira, guardei a fé”.

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