Pr. João Soares da Fonseca

Audio Pastoral

Ouvi, há alguns anos, nos corredores de uma assembleia da Convenção Batista Brasileira, contar uma história que suspeito não se acha em livro algum. Vem dos tempos preciosos da implantação do evangelho em nossas terras.

Um dos maiores missionários que tivemos chamava-se Salomão Ginsburg (1867-1927). Judeu polonês convertido a Cristo, Salomão dedicou tempo, talento e vida à obra da pregação evangelho no Brasil por 37 anos. Chegou a ser membro inclusive de nossa Igreja.

Sempre lembro o fato de que as igrejas que ele fundou ou pastoreou são até hoje vivas e frutíferas. Contam, porém, que, trazendo consigo alguns maus hábitos da velha Europa, Salomão fumava. Em sua consciência não havia problema algum. Até que um dia…

Um dia, um fazendeiro o convidou a pregar em sua fazenda. Salomão iria de trem até certa estação, e dali um capataz o levaria em lombo de burro até a sede da fazenda. Combinaram a data e a hora da chegada do trem.

No dia acertado, Salomão dirigiu-se ao seu compromisso, desceu na estação combinada e ficou esperando. Ninguém veio falar com ele. Ninguém o procurou. O tempo foi passando, a estação ficou vazia, e ele ali, esperando. Anoiteceu. Por fim, frustrado, pegou o último trem de volta.

Tempos depois, Salomão encontrou o fazendeiro e quis saber: “O que houve? Por que o senhor não mandou o capataz como combinado?” Surpreso, o fazendeiro disse: “Eu é que lhe pergunto. O capataz esteve, sim, na estação; mas depois chegou em casa dizendo que do trem não descera nenhum pregador. O único homem que se vestia como um e que poderia ser um pregador, não podia ser: estava fumando”.

Dizem que foi a partir daí que Salomão decidiu que o fumo não mais iria ser um obstáculo ao seu ministério! Parou de fumar. Paulo diz:

“Pois, se teu irmão se entristece por causa de tua comida, não estás andando segundo o amor. Por causa de tua comida não faças perecer aquele por quem Cristo morreu”  Romanos 14.15

 

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