Pr. João Soares da Fonseca

Áudio Pastoral

Era um jovem inteligente. Mas olhando-se nos olhos dele o que se via era decepção. Corria o ano de 1994, e a mãe do jovem jazia gravemente enferma. Um grupo de irmãos, de estranha orientação evangélica, resolveu visitá-la. Oraram por ela, e ao final, saíram declarando ostensivamente: – Está curada! – Poucos dias depois, a mulher faleceu. Imagine a desilusão espiritual que se abateu sobre aquele jovem.
Não foi a primeira vez que isso aconteceu, nem será a última. No tempo do apóstolo João já havia gente ensinando doutrinas que traziam mais confusão que comunhão.
Os “falsos profetas” representam enorme perigo para a vida da igreja. João quis nos ajudar a identificá-los, a saber “se os espíritos vêm de Deus” (1João 4.1). A aparência de piedade pode esconder uma armadilha. João manda que analisemos o conteúdo da pregação dos falsos mestres e tiremos nossas próprias conclusões. Os crentes não devem ser um bando de bobos, como já se sugeriu. A nobreza dos bereanos (Atos 17.11) deveria ser critério adotado por toda a igreja. Façam o teste, diz João: “…todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus” (1João 4.3,4). Que Jesus veio em carne não há negar. Em sua biografia há evidentes sinais de sua verdadeira humanidade: nasceu de uma mulher, orava noites inteiras, tinha fome (por isso, comia “com os pecadores”), sede, cansaço, chorou… e morreu como todos os homens um dia vão morrer. No caso de João, a orientação tinha endereço certo: grupos gnósticos negavam que Deus se tivesse encarnado em Jesus de Nazaré.
A pretensão de originalidade dos falsos profetas faz com que consigam seguidores: “…o mundo os ouve” (1João 4.5). Existe uma visível conivência do mundo com a heresia. Um dá total cobertura ao outro, porque os dois falam a mesma língua e querem nos desviar da verdade. Por isso, todo cuidado é pouco!

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