Pr. João Soares da Fonseca

Áudio Pastoral

Há muitos e muitos anos, uma jovem pegou o microfone na igreja, minutos antes do início do culto, e disse, com toda clareza possível, que era amante do pastor. A esposa do pastor desmaiou na hora. A moça disse: “Eu posso provar. Ele tem uma marca em área íntima”, e a esposa ficou convencida que o relato era verdadeiro. O pastor foi afastado, a esposa se divorciou e se casou de novo, e a vida seguiu.
Algumas décadas depois, uma senhora à beira da morte, com a consciência em brasa, chama um outro pastor e confessa: “Inventei aquela história de ser amante; nunca houve nada daquilo. A marca na área íntima eu mesma vi, quando ele estava internado; eu era faxineira no hospital”.
A liderança de sua denominação descobriu onde o ex-pastor estava residindo, e foi a ele, propondo que retornasse ao ministério, que o mal-entendido estava esclarecido. Mas o pastor arrasado perguntou: “Será que vocês podem também devolver a minha família?”. A injustiça deixara consequências irreparáveis.
A história, disponível no YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=i9aDMxZp9Rg) como verdadeira, mostra bem os males da calúnia. Crentes piedosos estão sujeitos a ela. Mesmo homens “segundo o coração de Deus”, como Davi, foram vítimas dessa arma perigosa. De fato, a perseguição ao crente não é coisa rara. Daí o aviso de Jesus de que poderíamos ser caluniados por causa da seriedade de nossa relação com Deus (Mateus 5.10-12; João 15.20). Paulo lembrou a Timóteo: “Na verdade, todos os que querem viver uma vida piedosa em Cristo Jesus sofrerão perseguições” (2Tm 3.12).
No salmo 7, chamado por alguns de “o salmo do crente caluniado”, Deus é o escudo (v. 10) a proteger aquele que sofre a calúnia. O justo juiz celestial, “que manifesta indignação todos os dias” (v. 11), é quem julgará o mérito do acusado (vv. 12-14) e fará que vigore a lei da semeadura (vv. 15-17). Quando não há nada a fazer, não faça nada: ore!

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