Um Momento Difícil
(João 13)

“Ditas estas coisas, angustiou-se Jesus em seu espírito e afirmou: Em verdade, em verdade

vos digo que um dentre vós me trairá.”

(João 13.21)

Na reunião da Páscoa, as pessoas se reuniam em volta da mesa e como era de costume
lavar os pés por causa das caminhadas e de sandálias, o servo do anfitrião era o
responsável por tal tarefa. Mas, Jesus assume a posição de servo e com água lava os pés
de cada discípulo e os enxuga. Foi uma forma de demonstrar que, no reino de Cristo,
somos servos e o Senhor, é Jesus, a quem servimos com alegria.
Ensinou-nos com esse ato que a importância não está no lugar onde se senta, mas na
maneira como servimos uns aos outros. Jesus podia dar ordens para qualquer um dos
discípulos cumprir essa tarefa, mas, não. Preferiu dar o exemplo vivo, palpável e visível.
Lição que jamais aqueles homens esqueceriam, nem nós deveríamos esquecer.
Como foi para Jesus lavar os pés de Judas Iscariotes, mesmo sabendo que ele era seu
traidor? Mas, diante dessa realidade e sabendo o que viria pela frente, Jesus o tratou como
os demais.
Jesus já prepara os discípulos sobre o que iria acontecer. E mais uma vez usa a expressão
“Eu Sou” (18-20).
A traição de Judas, doeu muito em Jesus. Uma pessoa que andou com Jesus durante três
anos e viu tantas maravilhas, ouviu tantos ensinamentos como os demais discípulos, foi
incapaz de se manter fiel, como os demais, e por 30 moedas (três Mil reais hoje), entregou
Jesus aos algozes.
É interessante notar que Mateus 27.3-8 e Atos 1.18.19 fornecem relatos diferentes da morte
de Judas. Cada autor tem seu jeito de descrever. O fato é que foi uma morte que ninguém
lamentou.
Quando passa o pedaço de pão a Judas e diz o “que ele teria de fazer, fazer logo” (v.27), os
demais achavam que ele iria comprar mais pão já que era o tesoureiro e administrava o
dinheiro do grupo. Judas foi um ator, um hipócrita perfeito. O ser humano pode enganar as
pessoas com suas atitudes, porém, Deus conhece os corações e sabe o que está lá dentro,
se é sincero ou não.
Jesus fala claramente que a morte está perto e desafia a todos a amarem uns aos outros,
seguindo o modelo que Ele mesmo deixa para todos. Essa é a forma de testemunho
àqueles que não conhecem Jesus – amor entre os irmãos em Cristo. Será que o mundo está
vendo isso em nós? Que imagem estamos passando àqueles que ainda não se renderam a
Cristo?

Pedro é a figura que mostra toda a nossa humanidade. Pergunta, brinca, argumenta, se
interessa pelo outro, mas erra também. Ele queria saber para onde ia Jesus porque queria ir
junto. A intenção era boa, mas desconhecia todo o processo de morte e ressurreição que
aconteceria com Jesus. A missão era de Jesus e Ele precisava cumpri-la só. No entanto, o
Mestre lhe faz uma chamada séria: “Em verdade, em verdade, te digo que antes que o galo
cante, tu me negarás três vezes” (v.38).
Conclusão: Dois traidores de Jesus na mesma equipe: Judas e Pedro. Qual a diferença de
um e de outro?
A traição de Judas foi arquitetada, planejada nos mínimos detalhes. Não manifestou
arrependimento, mas buscou a fuga se suicidando. O suicida não quer morrer, mas acabar
com a dor da alma.
Pedro caiu num momento de debilidade que provocou um profundo arrependimento. Essa
diferença é fundamental. Errar num momento de fraqueza e depois de meditar levar ao
arrependimento é o que Jesus espera de nós.
Entre nós: Este foi um momento difícil para Jesus. Qual foi o seu momento mais difícil que
passou em sua vida e como reagiu?
Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

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