O QUE É DISCIPULADO CRISTÃO

João 13-17

“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vos também” (João 13:15)

Introdução. O conceito de discípulo e discipulado não teve início com Jesus nem com o cristianismo. Seguir um mestre e aprender com ele remonta aos filósofos gregos Sócrates e Platão que, séculos antes, já tinham seus discípulos. Todavia, diferente deles, Jesus revolucionou a relação entre um mestre e discípulos, porque, enquanto os mentores de filosofia eram procurados por seus virtuais discípulos, agora é Jesus quem soberanamente convoca seus seguidores (Mt 4:18-22; 9:9; Jo 1:43).

As origens bíblicas do discipulado cristão (Nm 11:28;27:18-23; II Rs 2:1-18). Embora a palavra discípulo apareça poucas vezes no Antigo Testamento, surge em Isaías 8:16 com o sentido de “ensinados” e “instruídos”. Contudo, podemos afirmar que discipulado na Bíblia remonta ao Antigo Testamento. Josué, filho de Num, que era “auxiliar de Moisés desde a juventude” (Nm 11:28), foi treinado como bom discípulo do mestre e líder para depois sucedê-lo na missão de levar o povo a Canaã (Nm 27:18-23). Segundo J. D. Douglas, “a relação entre o mestre e o discípulo era uma característica comum do mundo antigo, onde os filósofos gregos e os rabinos judeus reuniam em torno de si grupos de aprendizes e discípulos”. No período do Novo Testamento, encontramos os fariseus e João, o batizador, com seus discípulos (Mc 2:18; Jo 1:35), os quais seguiam os ensinos de seus respectivos mestres.

A chamada para o discipulado cristão mediante a conversão (Jo 13:1-10; Mt 9:6-13). Como já vimos, Jesus é quem chamou seus primeiros discípulos (Mt 4:18-22); ele mesmo declarou:”Não fostes vós que me escolhestes; pelo contrário, em vos escolhi e vos designei a ir e dar fruto” (Jo 15:16a). Portanto, para dar frutos é necessária a regeneração proveniente de Deus, cuja resposta humana à chamada divina é a conversão. A salvação que nos torna discípulos de Cristo também nos torna novas criaturas (II Co 5:17). O discipulado cristão tem seu início na regeneração efetuada pelo Espírito Santo, continua na santificação, processo contínuo ao seguirmos a Cristo. Como bem destaca Mark Dever, “ser cristão significa ser discípulo. Não há cristão que não seja discípulo”.

Conclusão. O chamado para o discipulado não visa ao autoconhecimento, mas, sim, ao autoexame espiritual. Mas, apenas pela ação do Espírito Santo, inicia-se uma transformação tão radical em nossa natureza que somos reorientados a viver a verdade de Deus e fazer a vontade dele.

Marcia Cristina Pinheiro – Equipe de Resumos

 

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