DUAS SAUDAÇÕES

1Co 1 e 2Co 1

Ao escrever sua primeira carta aos Coríntios, Paulo se dirige a uma igreja local que passava por sérias dificuldades. Infelizmente, os problemas não se limitavam ao âmbito da comunidade cristã, mas eram também do conhecimento dos incrédulos de fora da igreja. Alguns de seus membros eram culpados de imoralidade sexual; outros se embebedavam; outros, ainda, usavam a graça de Deus como desculpa para levar uma vida mundana. Também era uma igreja dividida, na qual pelo menos quatro grupos competiam pela liderança (1Co 1.12). Por isso, em vez de glorificar a Deus, servia de empecilho para o avanço do evangelho

Ao atacar o grave problema de depravação dentro da igreja, Paulo usa uma abordagem positiva e lembra os cristãos de sua posição exaltada e santa em Cristo Jesus. Em 1Co 1.1-9, descreve a igreja que Deus vê; em 1Co 1.10-31, descreve a igreja que os homens veem. Depois de falar do problema de depravação na igreja, Paulo volta-se agora para a questão da divisão dentro da igreja.  Os coríntios, em vez de viverem à altura de seu santo chamado, seguiam os padrões do mundo. Ignoravam o fato de que eram chamados para ter maravilhosa comunhão espiritual com o Senhor e uns com os outros. Antes, se identificavam com líderes humanos e criavam divisões na igreja. Em vez de glorificar a Deus e à graça, agradavam a si mesmos e se gabavam de homens.

Paulo começa sua segunda carta com uma doxologia. Por certo, não podia cantar sobre suas circunstâncias, mas poderia cantar sobre o Deus que está no controle de todas as circunstâncias. Paulo havia aprendido que o louvor é um elemento importante para alcan­çar a vitória sobre o desânimo e a depressão. Paulo sentia-se cercado de circunstâncias difíceis e só lhe restava olhar para o alto. Há certos sofrimentos que suportamos simplesmente porque somos humanos e estamos sujeitos à dor; mas há outros sofrimentos que nos sobrevêm porque som os parte do povo de Deus e desejamos servir ao Senhor.  O sofrimento cria uma relação de intimidade, pois pode ajudar a promover a nossa aproximação de Cristo e de seu povo. Mas se começarmos a nos afundar em autocomiseração, isso fará com que o sofrimento não resulte em envolvimento, mas sim em isolamento. Construiremos muros, não pontes. O mais importante é voltar toda a aten­ção para Deus, não para si mesmo. E preciso lembrar quem Deus é para nós – “O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!” (2Co 1.3). Também se deve lembrar do que Deus faz por nós – ele é capaz de lidar com nossas tribulações e de fazê-las cooperar para nosso bem e para a glória dele. Por fim, convém lembrar do que Deus faz por meio de nós – e permitirmos que nos use como estímulo para outros.

  1. riquisssimo muito bom.

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