A VISÃO DO SERVIÇO SOCIAL

II  Coríntios 8-10

“Cada um contribua de acordo com o que decidiu no coração; não com tristeza, nem por constrangimento, pois Deus ama a quem dá com alegria.” (II Coríntios 9:7)

Um Cristianismo Solidário – Para os que ainda pensam que a religião cristã é promessa apenas para a eternidade, vale recomendar que se leia II Coríntios 8. Aí Paulo faz alusão ao bom coração dos crentes macedônios. Sabendo que os seus irmão na Judeia enfrentavam momentos economicamente desafiadores, os macedônios se dispuseram a ajudar. A beleza do gesto deles tem nuances que Paulo fez questão de comentar.

Insistência – Paulo disse que os macedônios pediram “com muita insistência, o privilégio de participar da assistência em favor dos santos.” (II Co 8:4). Geralmente, doações generosas são resultantes de apelos dramáticos, bem conduzidos, emocionalmente convincentes. Não foi o caso dos macedônios. A iniciativa partiu deles. Queriam ajudar. Tal gesto nobre nos lembra as palavras incisivas de João: “Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo seu irmão em necessidade, fechar-lhe o coração, como o amor de Deus pode permanecer nele?” (I Jo 3:17).

Consagração – Paulo nos oferece aqui a verdadeira motivação que impeliu os macedônios a serem assim generosos: “E não somente fizeram o que esperávamos, mas primeiramente deram a si mesmos ao Senhor, e nós pela vontade de Deus.” (II Co 8:5). Não fizeram o bem pensando em adquirir méritos para a salvação, mas sim, por terem dado primeiramente a si mesmos ao Senhor. Ou seja, o Senhor era o dono de suas vidas e, portanto, de seus bens. Então, ajudar seria simplesmente transferir para outros aquilo que o Senhor lhes emprestava. A ajuda no campo social deve ser decorrente da consagração espiritual.  Foi a irmão que Paulo determinou: “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” (Gl 6:2). Historicamente, as igreja têm dado atenção à beneficência, auxiliando as pessoas no campo social e econômico, como os macedônios fizeram com os judeus. Ao carente de pão as igrejas corretamente oferecem – e certamente continuarão a oferecer – a mão amiga. Agora, é a vez de oferecer também o ombro, chorar com os que choram, ouvir os desorientados, solitários e entristecidos, e, principalmente, orar com eles. Não foi o que Jesus fez?

Um Cristianismo Transparente – Em dois versículos, Paulo revela a sua preocupação com a moralidade na administração das ofertas: “A nossa intenção é evitar que alguém nos acuse com respeito a essa oferta generosa, que por nós é ministrada, pois tomamos cuidado com o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens.” (II Co 8:20, 21). Imitássemos hoje o apóstolo também nesse item, e evitaríamos tanto mau testemunho.

Marcia Cristina Pinheiro – Equipe de Resumos

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