Jó 15-21

“Os meus amigos são os que zombam de mim, os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus, para que ele mantenha o direito do homem contra o próprio Deus e o filho do homem contra o seu próximo.” Jó 16. 20-21

 

“(…) E arrancou-me a esperança como uma árvore”. (Jó 19.10). Vamos imaginar esta cena: uma grande árvore com raízes fortes sendo arrancada. Que grande estrago causaria! Jó tinha esse sentimento. Deus o havia quebrantado e suas forças já estavam exaustas diante de todas as desgraças que lhe haviam sobrevindo, e como se não bastasse, seus amigos o condenavam com acalorados questionamentos sobre o prosperar dos ímpios (Jó 21.7), tentavam convencer Jó de que todo o seu sofrimento seria por ele ter pecado contra Deus.

Os argumentos dos amigos de Jó eram como palavras de vento saídas da cabeça de homens em seu próprio entendimento e não do Amor e Compaixão de Deus. Jó não aceitava facilmente a falácia de seus supostos amigos. A todo o tempo retrucava suas falas e procurava, junto ao próprio Deus, respostas para toda a sua miséria humana.  Jó não era rebelde, ele amava a Deus. Seu desejo era saber o porquê de todas as desgraças acometidas em sua vida.

Jó nos apresenta questões de injustiças relacionadas ao sofrimento do justo, suas dores físicas e emocionais, pois mesmo os servos mais fiéis, mais íntegros diante de Deus, podem sofrer dores, tristezas e perdas. Mesmo em toda a sua angústia e sofrimento, Jó mantinha uma oração pura, pois em seu íntimo sabia que sua testemunha estava no céu e que advogava sua causa.

Trazendo para os dias de hoje, no lugar dos amigos de Jó, como falaríamos de esperança a pessoas que necessitam de respostas em dias difíceis? Como interpretar a vida e sermos úteis também em momentos de tragédias?

A inspiração para todas essas respostas deve ser a vida de Jesus. Devemos nos perguntar: Em nosso lugar o que Jesus faria, o que Ele diria? Que não sejamos “amigos consoladores “como os amigos de Jó. Que saibamos ajudar o próximo com verdadeiro Amor e a nos mantermos firmes em nossa fé, para podermos como Jó afirmar: “O meu redentor vive e eu irei vê-lo (Jó 19. 25-27).

 

Catarina Damasceno – Equipe de Resumos

Extraídos: Bíblia Sagrada- Versão Almeida Revisada e Atualizada; Revista compromisso n. 453 e Ceresko, Anthony R. / A sabedoria no Antigo Testamento. São Paulo: Paulus 2004.

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