O ALVO A SER ALCANÇADO
Filipenses 3; 4.
“Irmão, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado, mas uma coisa faço, e é que esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”
(Filipenses 3:13, 14)
Ter um alvo, uma meta, um objetivo, sempre é importante na vida. Acalentar sonhos nutre nossa esperança. Quem não tem meta, não sabe aonde ir, pode se frustrar facilmente.
Não é fácil reconhecer o que é prioritário na vida, ainda mais desafiador será agir em coerência ao que julgamos mais importante. Piora ainda mais quando não há sonhos na vida espiritual, quando não se sabe para onde irá na eternidade. Falando de forma mais clara, um primeiro desafio é reconhecer o alvo a ser buscado, o segundo, é alcançá-lo.
Paulo converteu-se a Jesus. Passou a ser um discípulo de Jesus. Entendeu perfeitamente a missão que lhe fora dada. Ser um pregador principalmente entre os gentios. Plantar igrejas e ensinar os crentes a se firmarem na fé. Tudo isso fazia parte do bojo da vida e do ministério dele, mas é notório que em tudo isto que ele evidenciava em sua obra e vida, Paulo deixava claro que seu alvo maior não era o trabalho em si. Seu alvo sempre foi Jesus Cristo. Paulo nos ensina a viver esse alvo e nos ajuda a entender de que maneira podemos fazer isto.
Precisamos ter cuidado, muito cuidado, com quem e o que temos aprendido. Não podemos ser ingênuos na vida espiritual. Sejamos simples, porém criteriosos! O que faz parte do nosso aprendizado, alimenta, nutre, traz clareza ou fragiliza e causa embaraços ao focarmos o alvo de nossa fé? Os ensinamentos que recebemos e de quem recebemos, fazem o alvo ficar mais próximo ou mais distante?
Diante do aprendizado, Paulo requer cautela, cuidado, prudência. Pois basta alguém afirmar que crê, para logo nos irmanarmos com ele, não nos preocupando em saber qual foi o seu ensino. Em Atenas perguntaram a Paulo pela doutrina e não pela fé. É pela doutrina que se avalia a fé. Ao pedir cautela, cuidado, prudência, a ideia é não deixar de olhar, de observar. Paulo diz que é para nossa segurança. Ao ser específico usando as palavras cães, maus obreiros e da circuncisão, é porque Paulo sabia identificar muito bem aqueles que poderiam fazer mal aos crentes. Pessoas vorazes e traiçoeiras. Líderes fingidos, querendo parecer bons, mas os ensinos os denunciavam como maus. Paulo alerta sobre aqueles que achavam ser o único povo. Era influência judaica no cristianismo.
Há muitas coisas que achamos que temos ganhado, mas que na verdade, precisamos aprender a renunciar. Paulo renunciou a coisas em sua vida que antes eram importantes, por amor a Cristo. Perdeu para ganhar, (Filipense 3.7). A proposta de nosso coração, muitas vezes tem sido a de querer a Cristo, desde que não precisemos deixar conquistas feitas pelo pecado. Paulo tinha um lucro enorme em sua religiosidade. Professava a judaísmo do modo mais ferrenho possível. Era tremendamente zeloso e nutria irrepreensibilidade religiosa. Havia construído algo aos olhos humanos e religiosos naqueles dias de enorme grandeza. Paulo entendeu que o seu alvo era outro e era maior. O que para ele era lucro, perdeu, renunciou para que Jesus estivesse diante de seus olhos e se tornasse o maior alvo de sua vida. Nada se compara ao prêmio maior que é Jesus, nada se compara a essa riqueza espiritual. Nem sempre perder, significa derrota.
Ao dizer que se esquecia de coisas que ficaram para trás, ele não quis dizer do esquecimento do que viveu e sim, de que elas devem ser lembradas se forem para ações de graças e júbilo diante do Senhor. Jamais olhar para trás para lamentar, murmurar ou reconstruir mágoas, ressentimentos ou rancor. Saudade leva a gratidão, saudosismo é um esforço inútil de querer refazer o que não se pode ou o que não se deve reconstruir. O passado pode causar paralisia espiritual, e a ansiedade, muitas vezes, é falta de fé e alimenta a incredulidade, tornando-se uma enfermidade emocional. Paulo nos aconselha a não vivermos ansiosos por coisa alguma. Por nada. Ansiedade é uma forma de dizermos que Deus não cuida de nós. Devemos buscar nosso desenvolvimento espiritual e assim crescermos na fé. Colocarmos nossos pedidos diante de Deus, pela oração e súplicas, crendo que Deus está no controle de tudo.
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece, (Filipense 4.13), Paulo queria dizer que podia ter fartura ou ter falta de algo, mas que Deus o fortalecia sempre em todas as circunstâncias, boas ou aparentemente ruins, e não sobre o poder de conquistar tudo como alguns atribuem a esta expressão. Tudo faz parte de um aprendizado que podemos adquirir em nossa vida cristã! Ser fortalecido e reconhecer isso, é um aprendizado que terá mais valor que muitas graduações. Por mais importantes que sejam, e aos olhos humanos são importantes, quando comparadas com a grandeza do conhecimento de Jesus, tudo perde valor.
Este deve ser o alvo da vida de cada cristão: A vida eterna que há em Cristo Jesus.
Catarina Damasceno – Equipe de resumos
