As autoridades se calam

(Mateus 22;23)

 

“Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos.” (Mateus 22.32)

 

Jesus compara o reino do céu a uma festa de casamento. Ele aproveita um costume comum para ensinar uma verdade eterna. Aqui, Ele faz um paralelo com a parábola dos lavradores maus e a figura central não é o agricultor, mas um rei e faz referência a Deus convidando homens e mulheres a fazerem parte de sua mesa.

O convite é para o casamento do filho que, neste caso, é Jesus e a noiva a sua igreja. Os primeiros convidados foram os judeus pois Jesus é dessa linhagem, mas eles o rejeitaram. Em vez de aceitarem, estavam preocupados com seus afazeres pessoais. Depois pede para trazer quem encontrassem pelos caminhos que representam os gentios, os pecadores que nunca esperavam um convite desse. O salão ficou cheio de gente porque muitos aceitaram o convite. No entanto, quando o rei entra vê um dos convidados que não estava com os trajes de festa.

A figura da pessoa vestida inadequadamente, mostra que ao aceitarmos Cristo como Salvador, adquirimos vestimentas espirituais de pureza de alma, de santidade e bondade. A porta da festa está aberta, mas ao entrar nela os velhos costumes e conduta ficam para trás e a nova vida começa. Aqui, a roupa vestida não se refere a que roupa você usa, embora sempre devemos andar de maneira digna, mas as vestes da mente como humildade, fé, respeito, justiça, vida moral ilibada, amor ao próximo, coração pronto para servir, são algumas peças da vestimenta que todo convertido a Jesus deve usar para ser aprovado na mesa das bodas. Você pode estar dentro da igreja e até ser membro, mas se não desenvolveu essa maneira de “vestir”, não desfrutará das bodas do Cordeiro.

Fariseus e herodianos provocam Jesus sobre o pagamento de impostos. Era uma pegadinha, mas Jesus se saiu magistralmente ao pedir uma moeda (denário) e “lhes perguntou: De quem são esta imagem e inscrição?”. Eles mesmos respondem: “De César”. “Então lhes disse: Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Como cidadãos da terra, temos nossas obrigações, deveres e direitos. Como cidadãos do céu, a mesma coisa.

Contam a história de uma mulher que se casou com sete irmãos, pois era costume na época quando o marido morresse a viúva se casar com o irmão do marido. Na ressurreição, com quem a pessoa ficaria? Jesus os acusa de não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus, por isso, essas interpretações. Cita ainda que Deus é Deus de vivos e não de mortos. Uma referência a Êxodo 3.6 em que Deus diz a Moisés “Eu sou” e não “Eu era”.

Um fariseu perguntou sobre o maior mandamento (v.36-40) fazendo referência a Deuteronômio 6.5. Jesus responde e completa: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento[…] Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

Agora é Jesus quem os interroga perguntando sobre o que pensam de Cristo. Surge uma crise teológica: se era filho de Davi, como Davi o chama de “Senhor”? E ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas.

Em sua última mensagem pública, Jesus rebate a religião falsa e maquiada passada como verdade pelos líderes da época. Mostra a hipocrisia deles e como agiam mostrando uma mensagem e praticando outra, longe do ensinamento correto. Tudo aparência. Eram líderes atrás de fama e ostentação atrás de reverência do povo. Enfatiza que o mais importante é ser humilde e ter um coração de servo.

Jesus termina seu sermão contra a falsidade dos líderes ali presentes, mostrando a responsabilidade que recai sobre cada um deles. Termina com uma expressão escatológica “Bendito o que vem em nome do Senhor”, fazendo referência a si mesmo.

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