A Soberania do Reino de Deus

(Isaías 13, 14, 17)

“Naquele dia atentará o homem para o seu Criador, e os seus olhos olharão para o Santo de Israel.” (Isaías 17:7)

Introdução. Nesta lição, estudaremos a dimensão da soberania de Deus por meio do seu reino e da maneira poderosa que ele se revelou pelos profetas. Destacaremos aspectos da temporalidade do reino (o já e ainda não) e o seu alcance de caráter universal.

O profeta, os reinos e o agir de Deus. O profeta Isaías viveu num período de grandes desafios e profundas mudanças. O mundo para o povo hebreu nunca mais seria o mesmo após todas as transformações profetizadas e vividas pelos grandes profetas do século oitavo a.C. Uma sequência de movimentos de ascensão e queda de grandes nações. Os porta-vozes do profetismo literário que antecederam Isaías, os profetas Amós e Oséias, experimentaram em seus dias a emergência do império assírio e todas as suas conquistas, inclusive a do próprio Reino de Israel. Mas essa alternância de poder no período profético era algo recorrente, sendo que logo após um período de grande prosperidade assíria, os babilônicos ascendem ao poder e conquistam as terras que outrora pertenceram aos assírios. É nesse contexto que Deus levanta o seu profeta para falar contra os babilônicos.

O Dia do Senhor: já e ainda não. O profeta Isaías inaugura o tema do Dia do Senhor como sendo a expressão máxima do juízo de Deus que em determinados momentos virá sobre as nações estrangeiras, mas que em outras ocasiões também alcançará o seu povo. O Dia do Senhor se reveste no texto de Isaías como sendo um fenômeno que tem uma dupla função. A primeira delas tem a dimensão teleológica na medida que cumpre um propósito divino de correção como, por exemplo, o que ocorrera nos dias da queda do Reino do Norte para os assírios em 722 a.C. (2Rs 17) e, posteriormente, a destruição de Jerusalém pelos babilônicos em 587 a.C. (2Rs 24). A segunda função é escatológica que aponta para os eventos finais da história da humanidade em relação à vinda de Cristo com poder e grande glória para realizar o último juízo e estabelecer a nova ordem de vida (Ap 20:11-15). A função teleológica se apresenta no tempo do profeta e, em alguma medida, se repete todas as vezes que o Senhor executa a sua justiça em forma de juízo. É o do Dia do Senhor. Por sua vez, a função escatológica ocorrerá de maneira única como forma da construção final da história. É o ainda não do Dia do Senhor.

O Reinado Universal de Deus. Na lição anterior, intitulada a mensagem do reino que virá, apresentamos o reinado de Deus numa proposta diacrônica, ou seja, a maneira progressiva de como revelou a compreensão de reino para o seu povo. Essa forma de entender o reino é ampliada quando consideramos uma perspectiva escatológica que não restringe o seu alcance apenas para o povo hebreu, mas que agora é marcada por uma visão mais universalista de reino.

Considerações finais. Nesse reino não haverá mais dor, não haverá mais lágrimas e toda revelação de Deus será pleno e infalível, onde todos nós teremos a vida eterna que é prometida para aqueles que esperam por esse grande dia.

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