Escravidão e terror no Egito

(1.1-22)

“Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles.”

(1.7)

Israel cresceu tanto que se espalhou por todo o Egito e passou a constituir séria ameaça à nação egípcia. Faraó decidiu usar de astúcia e dureza para impedir o crescimento dos israelitas, submetendo os filhos de Israel à mais dura escravidão, também ordenou que todos os meninos que nascessem de mulheres escravas fossem jogados no Rio Nilo, pois este rio possuía muitos canais e em todos eles havia crocodilos. A intenção de Faraó era eliminar só os meninos.

Um descendente de Levi chamado Anrão casou-se com a própria tia, chamada Joquebede (Ex 6.20). Ela deu a Anrão dois filhos e uma filha: Arão, Miriã e Moisés, que nasceu depois do decreto de faraó. Vendo que seu filho era um lindo bebê, Anrão e Joquebede resolveram não o jogar no rio, mas o esconderam em casa por três meses. Seria impossível escondê-lo por mais tempo e Joquebede formulou um plano que cooperou com o propósito de Deus. Ela tomou um cesto de juncos, o preparou de forma que pudesse flutuar, colocou o menino dentro e deixou o cesto entre os juncos na borda do rio.

O cesto foi visto pela filha de faraó, que mandou que o pegassem. Ao levantar a cobertura viu um lindo menino. Logo percebeu se tratar de um menino hebreu (Ex 2.6) e, em vez de jogá-lo no rio, em obediência ao decreto do seu pai, decidiu adotá-lo como filho, dando-lhe o nome de Moisés, que significa “tirado das águas”. Miriam, irmã do menino, correu e se ofereceu para chamar uma mulher hebreia para amamentar a criança, o que foi prontamente aceito pela princesa. Desse modo, Joquebede pôde não somente amamentar e criar seu filho, recebendo salário da princesa, mas, certamente, dar-lhe os primeiros ensinamentos sobre o Deus dos hebreus e suas promessas.

Levado para o palácio, Moisés recebeu a formação de um príncipe, sendo instruído em toda a cultura do Egito, pois sendo filho da princesa herdeira, poderia no futuro ser coroado rei (Hb 11. 24-26). Mas desde menino, Moisés se identificou com o seu povo. Aos 40 anos, foi verificar como estava sua gente e surpreendeu um feitor egípcio castigando um israelita. Olhou para os lados e presumindo que ninguém observava, matou o egípcio (Ex 2.11) e enterrou o corpo na areia. Foi um erro, pois, em vez de olhar em volta, devia ter olhado para cima e ver o seu Deus, que lhe deu o mandamento “Não matarás”, e agir de forma diferente. Quantas vezes olhamos em volta, achamos que “ninguém está vendo” e, por isso, nos julgamos impunes para cometer nossos pecados quando, na verdade, deveríamos olhar para cima e seguir a vontade de Deus, que é a nossa santificação (1 Ts 4.3). O pecado deve ser evitado sempre.

O assunto da morte do egípcio chegou ao conhecimento de faraó (Ex 2.15), que percebeu o perigo da opção de Moisés por Israel e o condenou à morte, obrigando-o a fugir para o sul da Península do Sinai e esconder-se na casa do sacerdote Jetro, onde passou os 40 anos seguintes aprendendo sobre Deus e o deserto por onde depois deveria guiar o povo de Israel. Deus mais uma vez, transformou a tragédia em vitória para que Moisés pudesse completar seu preparo para a importante missão de liderar o êxodo de Israel e escrever as suas leis. Em Midiã se deu sua mais notável experiência com Deus junto à sarça ardente (Ex 3.2).

O nome pelo qual o Deus Altíssimo se revela a Moisés – “EU SOU” – tem tantos e tão profundos significados que nos impõe até um certo temor em abordá-lo. Se quisermos saber, ainda que em parte o significado do nome EU SOU, acompanhemos no estudo de Êxodo, o que Deus fez pelo seu povo para tirá-lo do Egito. “Ser” é um verbo predicativo, ou seja, exige um predicado. Curiosamente, EU SOU é o uso incomum desse verbo ser sem predicativo, como se Deus estivesse dizendo: “Eu sou tudo de que você precisar”. Este verbo foi assumido por Jesus, às vezes com predicativos como luz, porta, água, pão, caminho, o bom pastor e outras vezes sem predicado, igualando-se ao “EU SOU” que se revelou a Moisés (Jo 8.24,58).

Todos que seguiram Moisés foram libertos da escravidão no Egito, todos que seguem a Jesus Cristo são libertos da escravidão do pecado. Você é um seguidor do Filho de Deus?

Catarina Damasceno – Equipe de Resumos.

'Escrever um comentário';

*

Seu endereço de e-mail não será publicado.

© 2017-20 PIBRJ

Siga a PIBRJ: