Profecias contra as nações

(Ezequiel 21-30)

“Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.”

(Ezequiel 22.30)

O relacionamento de Deus com o povo de Israel se estabeleceu com base numa aliança mútua. O Senhor, que tirou o povo do Egito, deu a eles seus estatutos e normas (20.11), para que servisse de testemunho entre Deus e Israel (20.20). O povo, a começar por seus sacerdotes, não fez diferença entre o santo – aquilo que deveria ser separado para Deus – e o profano – aquilo que deveria ser rejeitado (22.26).

É verdade que o Senhor nunca desistiu do seu povo pois continuou buscando […] entre eles um homem que levantasse o muro e se pusesse na brecha […]” (22.30); mas não achou ninguém dentre os filhos de Israel que fizesse esse compromisso com Deus e com o povo. Restou o lamento (22.3). O conjunto de acusações contra a cidade infame, era tudo que afastava o ser humano dos caminhos de Deus (22.6-12).

Diante de tal quadro, o Senhor entregou ao profeta Ezequiel a sua Palavra. E o fez por meio da parábola das duas irmãs: Oolá e Oolibá; as quais Ele mesmo identificou pelo nome: “Samaria é Oolá, e Jerusalém é Oolibá” (23.4). O Senhor já havia dado sua sentença (23.46).

Quando a sentença se cumpriu com a queda da cidade (24.2), o Senhor ainda usou uma tragédia pessoal de Ezequiel para servir de sinal. Com a morte da mulher do profeta (o desejo dos seus olhos – 24.16-18), ele foi instruído a não demonstrar luto e a gemer em silêncio, simbolizando a tragédia que se abateria sobre a nação que os faria definhar e gemer. O motivo principal, contudo, de toda essa situação seria para que no fim todos soubessem quem é o Senhor.

Ezequiel recebeu novamente a Palavra do Senhor. Deus se interessava por todos os povos da terra, não apenas por Israel, assim se seguiram as palavras proféticas, pontuando o panorama das nações em volta: Amon (25.2-7), Moabe (25.8-11), Edom (25.12-14), Filístia (25.15-17), Sidom (28.20-23) e Egito (29.1.21).

Uma nação, porém, mereceu atenção mais acurada das palavras proféticas de Ezequiel: Tiro-cidade-estado nas margens do Mar Mediterraneo ao norte de Israel cuja riqueza estava baseada no comércio internacional. Quando Tiro percebeu a queda de Jerusalém, ela se alegrou. Com isso, ela tinha a esperança de enriquecer às custas da desgraça de Judá (26.2). Em meio às profecias contra a cidade de Tiro, o Senhor ainda falou de maneira específica sobre o seu príncipe. E o fez reconhecendo três momentos: a perfeição de antes, a

arrogância do momento presente e o fim horrível (28.1-19).Ezequiel recebe ainda a profecia sobre o dia do Senhor (30.3). Esse seria o tempo das nações, quando o Senhor haveria de julgá-las.

Tendo novamente o Egito e seus apoiadores como alvo das palavras proféticas, mais uma vez a arrogância foi condenada e o Senhor anunciou que “uma espada virá ao Egito […]” (30.4,5). O poderoso e confiante Nilo secará e Deus devastará completamente a terra pela mão de estranhos (v.12). O próprio Deus afirmou o motivo de suas ações de punição (30.19).

Conclusão: Jerusalém era a cidade santa, mas ela se entregou às abominações e, por isso, estava sendo castigada. Também os outros povos receberam o juízo divino relativo aos seus pecados e arrogâncias. Porém, foi apenas uma a motivação de seus atos: que o Senhor fosse conhecido por todos os povos.

 

Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

'Escrever um comentário';

*

Seu endereço de e-mail não será publicado.

© 2017-20 PIBRJ

Siga a PIBRJ: