O DISCIPULADO CRISTÃO – Resumo Final do 3º Trimestre

“Vós me chamais o Mestre e o Senhor, e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, também como eu vos fiz, façais vós também.” (João 13:13,14,15)

O que é discipulado cristão? O conceito de discípulo e discipulado não teve início com Jesus nem com o cristianismo. Seguir um mestre e aprender com ele remonta aos filósofos gregos Sócrates e Platão que, séculos antes, já tinham seus discípulos. Todavia, diferente deles, Jesus revolucionou a relação entre um mestre e discípulos, porque, enquanto os mentores de filosofia eram procurados por seus virtuais discípulos, agora é Jesus quem soberanamente convoca seus seguidores (Mt 4:18-22; 9:9; Jo 1:43).

Embora a palavra discípulo apareça poucas vezes no Antigo Testamento, surge em Isaías 8:16 com o sentido de “ensinados” e “instruídos”. Contudo, podemos afirmar que discipulado na Bíblia remonta ao Antigo Testamento. Josué, filho de Num, que era “auxiliar de Moisés desde a juventude” (Nm 11:28), foi treinado como bom discípulo do mestre e líder para depois sucedê-lo na missão de levar o povo a Canaã (Nm 27:18-23).

A salvação que nos torna discípulos de Cristo também nos torna nova criaturas (II Cor 5:17). O discipulado cristão tem seu início na regeneração efetuada pelo Espírito Santo, continua na santificação, processo contínuo ao seguirmos a Cristo. Como bem destaca Mark Dever, “ser cristão significa ser discípulo. Não há cristão que não seja discípulo”.

O discipulado cristão em Filipenses (Fl 3:8-11). Depois de apresentar seu “curriculum” invejável como judeu, Paulo passou “a considerá-lo como perda, por amor a Cristo” (v.7) e depois completa: “Sim, de fato também considero todas as coisas como perda, comparadas com a superioridade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual perdi todas essas coisas. Eu as considero como esterco, para que possa ganhar Cristo” (v.8). A palavra grega skybala, usada por Paulo, traduzido como esterco ou refugo, pode referi-se também a “excremento humano”. Ou seja, o que se descarta por não ter mais valor. Agora na apreciação de novos valores em vista, o cristão tem três aspirações: 1)viver, não de acordo com a justiça da lei, mas coma que procede de Deus pela fé (v.9); 2)viver sob o poder da ressurreição e desejá-la (v.10a, 11); viver negando-se a si mesmo e identificar-se com Cristo (v.10b). De fato, Cristo é incomparável a tudo o que se deve desejar. Em seu livro Tudo para ele, Oswald Chambers expressa bem a nova aspiração do discípulo: “Tudo o que tenho, tudo o que sou e tudo o que espero ser (…) uma entrega total e irrevogável ao Senhor, para o engrandecimento do seu nome”.

Marcia Cristina Pinheiro – Equipe de Resumos

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