Mateus 6; Lucas 11.

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje.” (Mateus 6:9-11)

Introdução. No início da era cristã, a espiritualidade pessoal judaica, era caracterizada por três elementos principais: esmolas, oração e jejum. Jesus valorizou essas práticas, contanto que realizadas com uma atitude interior corretas, dando ênfase especial à oração. Ele estabeleceu alguns princípios a serem observados quanto à oração: prioridade da oração particular, discrição e humildade (“fechada a porta”), objetividade (sem “vãs repetições”) e confiança no cuidado paternal de Deus. Essas orientações fornecidas por Jesus tinham mais a ver com a atitude do que propriamente com o conteúdo da oração. Até que, Lucas, no seu Evangelho, nos relata que os discípulos pediram que Jesus lhes ensinasse a orar.

Em primeiro lugar, Jesus nos ensina a recuperar a dimensão da paternidade de Deus e honrar o seu nome. “Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome.” Jesus nos ensina a chamar Deus de nosso Pai (pater). Isto foi revolucionário. O conceito da paternidade de Deus não era exatamente estranho para o ambiente do Antigo Testamento. Deus era considerado Pai de Israel. Mas é com Jesus que o conceito da paternidade de Deus ganha densidade e amplitude. Deus é nosso Pai e isto implica que todos nós podemos nos aproximar confiantes no seu cuidado e amor.

Em segundo lugar, Jesus ensina que a vida, da maneira como nós a vivemos, ainda não reflete a expressão mais profunda da vontade de Deus. “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” O mundo em que vivemos está em desarmonia com o céu porque nós adotamos um padrão existencial e espiritual completamente diferente do padrão do céu. E, enquanto este mundo insistir em funcionar com um padrão diferente do padrão do céu, nada vai fazer sentido. A  oração do Pai Nosso não propõe uma atitude passiva diante do caos do mundo. Jesus nos oferece um desafio. Nós não somos chamados apenas para constatar o estado de coisa do mundo. Nós somos chamados como aqueles que são aliados de Deus na construção do seu reino. Nós somos aqueles que oram. Quanto pode nos custar contribuir para que a vontade de Deus seja feita entre nós? Pode ser que eu seja incompreendido em alguns momentos. Pode ser que queiram até me perseguir. Mas Jesus nos ensinou que é bem-aventurado aquele que é perseguido por causa do evangelho.

Marcia Cristina Pinheiro – Equipe de Resumos

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