A Missão de Cristo

(João 4;5)

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que lhe der nunca terá sede. Porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” (João 4:13,14)

Introdução. Repare a sequência no capítulo 1, João começa revelando quem é Deus e seu Filho Jesus, como apresentando os protagonistas de sua narrativa. Depois, narra dois acontecimentos marcantes no capítulo 2 (reveja). No terceiro, ele mostra de forma prática o valor do nascimento da água e do Espírito. Agora, no quarto e quinto capítulos, João mostra de forma clara a missão de Jesus no mundo. Se você fosse autor deste Evangelho faria a mesma sequência? Por que não declarou logo a missão? Como você entende essa sequência?

Jesus e a mulher samaritana (Jo 4:1-30). Fica bem clara a humanidade de Jesus, pois sentiu cansaço e sede. Mas este não é o propósito de João, mas sim, anunciar as boas-novas do reino àquela mulher samaritana. Samaria ficava na rota da viagem de Jesus e era unida à Judeia sob a direção do procurador romano. Porém, tanto para judeus como para samaritanos, a separação era definida pela história e pela religião. No primeiro século, os samaritanos desenvolveram sua herança religiosa no Pentateuco pois não aceitavam os demais livros da Bíblia. A adoração não era no templo de Jerusalém, mas no Monte Gerizim. João faz um contraponto pois no capítulo 3, narra a conversa com Nicodemos, um erudito e respeitado líder religiosos; e neste, apresenta uma mulher, desprezada, samaritana, considerada pária da sociedade. É uma total quebra de paradigmas. Primeiro, por dirigir a palavra a uma mulher, e em lugar público onde qualquer pessoa poderia ver. É a mulher que mostra dois preconceitos: primeiro, era de outra nação; segundo, por ser mulher. Ela desafia Jesus, mas ele continua e oferece a água da vida (v.10). Jesus, nesta cena, relembra o texto de Jeremias 2:13. A mulher samaritana foi ao poço ao meio-dia, pois a mulheres iam em turma no início da manhã e final da tarde, quando o sol estava menos quente. Mas é nessa hora de calor e deserta que se encontra com Jesus. Como mulher, é prática. Se ela recebesse a água da vida, não precisaria mais ir à fonte. Que alívio! Mas, Jesus faz uma pegadinha com essa mulher pedindo para ela chamar o marido e ela responde que “que não tinha marido” (v.16,17). Jesus fecha a conversa e confirma toda a situação dessa mulher. Já pensou no susto da mulher quando relata a sua vida sem nunca o ter visto? Quando entendeu a preciosidade da água da vida e que nunca mais teria sede, esta mulher simples entende a mensagem e larga tudo e sai correndo para anunciar a seu povo.

Jesus fala sobre sua missão (Jo 5:19-47). Este texto é a declaração do próprio Jesus sobre a missão que lhe foi confiada por Deus. A questão central é a autoridade divina afirmada nos versículos 1-9, e explicada (19-29) e reafirmada nos versículos 30-47. Todo o seu poder não era herança de família como o sacerdócio por herança de família como o sacerdócio por herança, nem de uma educação privilegiada como a dos rabis. Sua autoridade provinha da vontade de Deus, o Pai. Jesus mostra sua dependência seguindo o modelo de aprendizado com o Pai Eterno. Aqui, João faz uma simples comparação de filho com pai mostrando o grande valor do exemplo. Segue em sua palavra descrevendo o que o Pai faz e o que ele tem direito e poder para fazer como diz no versículo 21: “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer.”

Entre nós. 1) Como você analisa o encontro de Jesus com a samaritana? Aliste os preconceitos que havia e que Jesus quebrou todos eles. 2) Como você entende a humanidade de Jesus e a sua santidade, já que ele teve fome e sede? 3) Nós guardamos o domingo e não o sábado. Mas o que fazemos nesse dia que não deveríamos? 4) Leia várias vezes os versículos 19-47 e faça uma lista de ensinamentos para você.

Marcia Pinheiro – Equipe de Estudos e Resumos

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