O Novo Nascimento

(João 3)

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16)

Quem é Jesus no Evangelho de João? Como já analisamos na primeira lição, cada autor tem seu jeito próprio de fazer as narrativas. João rompe com essa forma e se organiza no tempo e centra no espaço dos três anos do ministério de Jesus com detalhes de acontecimentos e forte ênfase no “Filho de Deus”. Uma pergunta clara e constante narrada por João é “quem é Jesus” e a resposta vem na expressão “Eu Sou o que Sou” lembrando do encontro de Moisés com Deus em Êxodo 3:14. “Eu Sou o que Sou”. Ele se apresenta como o Verbo encarnado entre nós. “Eu sou o pão da vida” (6:35); “Eu sou a luz do mundo” (8:12); “Eu sou a porta” (10:9,10); “Eu sou o bom pastor” (10:11-16); “Eu sou a ressurreição e a vida” (11:25,26); “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (14:6); “Eu sou a videira verdadeira, e o meu pai é o lavrador” (15:1,2). Interessante notar que são sete declarações considerando que esse número é significativo na Bíblia.

Jesus fala sobre o novo nascimento. Neste capítulo 3, temos três momentos em que João expõe primeiro o encontro com Nicodemos (v.1-15). O texto começa com a famosa conversa de Jesus com Nicodemos. Ele era uma autoridade entre o povo e um fariseu. Ele fazia parte do sinédrio que era um conselho governamental composto de fariseus e saduceus. Ele administrava grande parte das questões civis e religiosas do povo judeu. Naquele tempo havia dois grupos religiosos: os fariseus tinham uma linha mais religiosa, ostentavam uma santidade exterior para serem vistos e aplaudidos. Os saduceus eram mais voltados para a política. Infelizmente, temos alguns irmãos fariseus no meio evangélico que passam uma vida de compromisso com Deus, mas é tudo teatro. A família que o diga ou os negócios que faz parte para levar vantagem. No versículo 6, Jesus mostra a diferença entre nascer da carne e nascer do Espírito. São dois nascimentos diferentes. Um é natural e outro sobrenatural pois depende de uma decisão pessoal e da aceitação do sacrifício de Cristo. Cada pessoa é responsável por decidir se quer ou não nascer de novo ao aceitar o sacrifício de Jesus. São três vezes que o Mestre enfatiza a necessidade do nascimento da água e do Espírito (v.3,5,7).

João Batista e seu testemunho (Jo 3:22-36). Neste texto aparecem na Judeia, Jesus e João Batista. Foi ali que João Batista se autodeclarou o precursor de Jesus; “Eu não sou o Cristo, mas fui enviado para ir adiante dele” (v.28). Faz uma comparação com a noiva (a igreja) (v.29) e se apresenta como o amigo do noivo. Segundo a prática judaica era o padrinho do noivo. João cumpriu o seu papel com muita classe e seriedade sem fazer competição. No versículo 31, João se refere a Jesus como “Aquele que veio do alto está acima de todos” em comparação ao que “vem da terra”. Nestes versículos finais do capítulo, o apóstolo João confirma a divindade de Jesus e sua missão entre nós. “É necessário que ele cresça e eu diminua” (Jo 3:31). Do versículo 30 ao 36, João dá um lindo testemunho e reconhece sua missão e limitação e apresenta quem realmente é Jesus Cristo.

Entre nós. 1)Se você estivesse no lugar de Nicodemos numa conversa presencial com Jesus, qual seria a sua reação até entender a proposta do Mestre? 2)Se você fosse apenas um observador, um jornalista, qual comentário faria sobre Nicodemos e Jesus nessa famosa conversa? 3)O que é nascer de novo para você? 4)Qual versículo que mais toca o seu coração neste capítulo?

Marcia Pinheiro – Equipe de Estudos e Resumos

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