O Espírito Santo

Promessa, Natureza e Missão.

(João 14-17; Lucas 12. 11,12)

“E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja para sempre convosco. O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.”

(João 14.16,17)

A teologia define o estudo da doutrina do Espírito Santo (E.S), como o estudo da pneumatologia. O foco principal é a pessoa e obra do E.S, principalmente convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 6.8-11). Ao ter acesso à Palavra da verdade, o crente e o estudante, terão maturidade para não caminhar na direção de práticas e ensinos absurdos atribuídos ao E.S. Além de ser possível compreender nos estudos da Palavra de Deus os temas e identificar que o E.S cumpre a sua missão capacitando a igreja para a obra da edificação dos crentes e da evangelização dos perdidos.

O E.S é Deus. Podemos identificar na Palavra, as evidências da divindade do E.S: eterno (Hb 9.14); onisciente (1Co 2.10); onipresente (Sl 139.7-10); imutável (Mt 3.6; Hb 13.5). Também é apresentado como uma pessoa, portanto, suscetível ao trato pessoal: pode-se, embora não deva, mentir ao Espírito (Ananias e Safira – Atos 5.3-11); entristecê-lo – (Ef 4.30); impedir que Ele atue por causa da nossa fraqueza espiritual – (1 Ts 5.19). Outra evidência da personalidade do E.S é o fato de Cristo referir-se a Ele como outro Consolador – (Jo 14.16). Além disso, a Bíblia declara numa das passagens mais lindas, que o E.S intercede por nós com gemidos que não se expressam com palavras – (Rm 8.26). Cremos, portanto, no testemunho da Palavra que o E.S é um ser plenamente divino e pessoal.

O E.S é integrante da Trindade. É preciso saber que o Pai é Deus (Mt 6.8), e que o Filho é Deus (2Pe 1.1), e assim também o E.S é Deus (At 5.3; 4; 2Co 3.18).

O E.S coopera com o Pai e o Filho desde o começo da história até sua consumação, quando o Espírito se revela e nos é dado, quando é reconhecido e acolhido como pessoa, ele nos é apresentado por Jesus na sua Palavra, e a ele se refere como uma pessoa importante, com seu caráter pessoal e forma própria de atuar na vida da igreja e dos crentes.

Em João, capítulos 14-16, pode-se identificar Jesus, momentos antes da sua prisão pelos judeus, nas últimas horas, instruindo e confortando os seus discípulos. Importante observar que Jesus, após sua ressurreição e ascensão, não estaria mais com os seus discípulos. Jesus iria para o Pai, e ao prometer o Consolador, deixou claro que, embora não mais presente fisicamente, continuaria presente e atuante. Como? Por meio do Consolador, o E.S, quem tem dado continuidade às ações de Jesus na igreja, fazendo o que Ele estaria fazendo se estivesse fisicamente presente com a sua igreja. Então, compreendemos que Jesus pediu ao Pai e Ele atendeu enviando o Consolador, o E.S, por isso, podemos afirmar que não somos deixados sem Ele.

O E.S é ativo na existência da igreja capacitando e enviando os crentes a dar testemunho da fé. É Ele que faz a obra do Senhor Jesus no coração dos convertidos e é Ele quem produz vida espiritual em cada servo que se deixa ser usado por Ele. O E.S guia a igreja na Palavra da verdade (Jo 16.13). A igreja, na execução da sua obra, não poderá negligenciar a autoridade do E.S.

É o E.S quem nos convence do pecado (Jo 16.8,9). Não há arrependimento sem a ação do E.S, é Ele quem faz a obra da restauração (Jo 3.5,8; Tt 3.5; Ez 37); é Ele quem santifica a igreja (lc 3.3-6); é Ele quem opera a purificação do nosso corpo para fazê-lo santuário e habitação de Deus (1Co 6.19); é Ele quem intercede em favor da vida dos crentes e da igreja (Rm 8.26,27); é Ele quem concede a vitória sobre o pecado (Gl 5.16,24); é a fonte de todo o vigor da igreja (Jo 7.37-39); é o poder da igreja (Lc 3.6; 3.21,22).

O Senhor cumpriu a promessa da presença do E.S, sua missão na igreja, enquanto está na terra, até a vinda do Senhor Jesus. Cada crente precisa deixar-se ser usado pelo E.S para ser capaz de dar testemunho da sua fé para conversão de pessoas a Jesus.

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