Um guia para verdadeiros adoradores

(Salmos 19; 119.17-24, 73-80, 137-144)

“Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos, para com os que guardam a sua aliança e para com os que se lembram dos seus preceitos e os cumprem.”

( Salmo 103.17,18)

Davi registra no Salmo 19.7-11, o valor da Palavra de Deus. Como podemos observar, a Palavra de Deus é, aqui, identificada por seis títulos: lei, testemunho, preceitos, mandamentos, temor e juízos. Para o salmista, a Palavra de Deus é estimada como o mais alto valor a ser adotado e o mais precioso bem a ser buscado.

Quanto aos efeitos que o autor do Salmo reconhece produzir a Escritura Sagrada na vida do servo de Deus, são expressos pelos verbos: restaurar, dar sabedoria, alegrar, iluminar. Por ser ela a expressão da sublime e perfeita vontade de Deus, a Escritura pode conduzir-nos no caminho reto e corretamente.

O salmista pede a Deus o entendimento de sua Palavra. Como adorador, ele está certo de que só na Lei do Senhor (Torah/Pentateuco) encontrará a orientação para uma vida de santidade diante de Jeová e os requisitos cerimoniais que ajustem a sua expressão litúrgica às sublimes exigências do Senhor, pois o risco, ao assumirmos como agradável a Deus aquilo que nos agrada, ou que tem sido adotado pela maioria (tradição?) como apropriado para o culto, é o de estarmos até mesmo “invalidando a Palavra de Deus”, como os fariseus (Mc 7 1-13).

Para fugir a tão trágica situação, o salmista suplica:”Desvenda-me os olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei” (Sl 119.18). Somente na unção do E.S (Jo 14.26; 16.13,14) poderemos oferecer a Deus a glória que lhe é devida, da maneira que lhe agrade.

Outro aspecto interessante das qualidades que o salmista vê na Palavra de Deus é que ela serve de base para nossa comunhão uns com os outros (At 2.44). Nos ásperos tempos de crise e perseguição, foi a fidelidade a Deus e a comunhão em torno da Palavra que permitiram que a igreja prosseguisse vitoriosa em sua missão. Deus deseja “um coração íntegro” para não ser envergonhado (achado em falta) diante daqueles que, falsamente, o acusavam (v.80; Mt 5.11,12; 1Pe 4.12-19).

Admitimos que o salmista enfrentava a mesma manifestação de rebeldia contra a qual pregava Paulo (Rm 1.29-32) e que nos afronta e amedronta, hoje, a todos quantos desejamos viver de maneira agradável a Deus.

Quem de nós não se sente aviltado quando o mal prevalece assustadoramente, quando vemos a fome e a miséria  fazendo suas vítimas, ou diante das imoralidades, com as leis que “institucionalizam” a prostituição, a homossexualidade, a venda e o consumo de drogas, concomitantes com altos investimentos para o controle de enfermidades causadas pela mesma promiscuidade por tais leis institucionalizadas?

A Palavra de Deus é, pois, de inestimável valor quando aplicada à vida. Por meio dela, Deus nos dá o padrão e os recursos para o devido crescimento espiritual, de modo a fazermos “o que é agradável à sua vista” (1Jo 3.22; 2Co 5.9; Ef 5.10). O servo de Jesus Cristo há de esperar perseguições (Mt 5.10-12). Os discípulos foram perseguidos, presos, espancados e mesmo mortos, somente pelo fato de proclamarem sua fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, nosso Salvador e Senhor.

Que esperemos firmemente na misericórdia do Senhor, se tempos difíceis nos vêm em função de nossa fé. Jesus nos promete que o vencedor se alimentará “da árvore da vida”, receberá “a coroa da vida”, comerá “do maná escondido” e receberá “a estrela da manhã”, “vestido de vestimentas brancas”, “coluna no santuário do meu Deus”, “sentar-se-á comigo no meu trono” (Ap 2.7, 10,17,26-28;3.5,12,21). Aleluia!

 

Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

 

'Escrever um comentário';

*

Seu endereço de e-mail não será publicado.

© 2017-20 PIBRJ

Siga a PIBRJ: