Adoradores Obedientes a Deus

(Deuteronômio 28-34)

“As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.”

(Deuteronômio 29.29)

O que Deus, por graça e misericórdia, nos tem revelado em sua Palavra, isto, sim, nos pertence. Pertence e devemos obedecer com todas as nossas forças, com toda a nossa alma, com todo o nosso entendimento, na unção do Espírito Santo.

O verdadeiro adorador obedecerá à Palavra de Deus como revelação que Deus mesmo fez de sua vontade, e o fará sob a orientação do mesmo Espírito Santo (2 Sm 23.2; 2 Pe 2.19-21). Jesus se referiu aos mandamentos de Deus – a Lei e os Profetas (Mt 5.17; 7.12; 11.13; 19.17) – como fonte de vida, conceito já anteriormente exposto pelo autor de Salmo 119. Embora o texto de Deuteronômio que trata da renovação da aliança não o mencione, depois da exposição da lei aos ouvidos do povo, às margens do Jordão, era de esperar e provavelmente, tenha ocorrido que o povo repetisse algo semelhante ao que declararam seus pais ao pé do Monte Sinai: “[…] Faremos tudo o que o Senhor falou […]” (Êx 19.8; 24.7). Moisés instrui que, ao cruzar o Jordão, deveria haver um cerimonial em que os levitas declarariam ao povo a vontade de Deus, e este responderia em coro: amém (27.11-26). Deus mandou que Moisés fizesse inscrever nas pedras do altar “[…] todas as palavras desta lei” […] (27.8). E devia fazê-lo com nitidez (Is 8.1; Hc 2.2). O texto devia ser gravado de modo claro, bem compreensível dada a suma importância do acordo ali celebrado. Que pela leitura e meditação nossa na Palavra de Deus, ela nos seja como um memorial gravado indelevelmente no coração e na mente, de modo a jamais nos esquecermos de seus princípios.

A Palavra profética em Deuteronômio era de que Israel abandonaria, como já o fizera antes, o caminho da obediência e tomaria para si o caminho da rebeldia e se apartaria de Jeová, ao permitir-se cair na “cilada” da aliança com os cananeus.

Ao estabelecer-se na terra de Canaã, o povo de Israel experimentou as pressões do novo meio sociocultural e cedeu. Cedeu especialmente nos assuntos de fé, exatamente como Deus lhe havia advertido que aconteceria.

Não tem sido diferente a experiência da igreja de Jesus Cristo destes nossos dias. Para ajustar-se às tendências da pós-modernidade, os crentes e as igrejas tendem a abrir mão da mensagem revelacional em favor de mensagens circunstanciais, que podem variar conforme a demanda “do mercado”. O púlpito, muitas vezes, já não tem uma voz profética que denuncie o pecado e aponte para o único caminho de vida eterna – Jesus Cristo. O foco não é mais a glória do Deus eterno, mas a glória da criatura finita; não mais o Deus que abençoa, mas a bênção em si mesma. A sentença que pesou sobre os hebreus infiéis do passado ainda está vigente sobre todo e qualquer infiel de nossos tempos (28.15).

O cântico escrito no mesmo dia em que Deus ordenou a Moisés subir ao Monte Nebo (31.22; 32.48-52) é introduzido por uma exaltação ao Senhor, que ressalta os grandes feitos de Jeová a favor de seu povo escolhido e uma afirmação da justiça, da retidão e da soberania de Deus.

Moisés encerra seu ministério sem lamentações ou amarguras. Seu canto derradeiro foi de um general vitorioso e conclui com palavras de esperança e otimismo para o povo.

Um grande homem esse Moisés. Um verdadeiro adorador. Seu último canto deve ter ressoado pelas campinas de Moabe e ressoa ainda hoje em nossos corações. A Deus toda a glória.

 

Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

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