Nas Cortinas da História

(Lucas 1 & 2)

“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2:52)

Para início de conversa. Abramos as cortinas da história para Jesus, o Filho de Deus, que veio ao mundo como Deus encarnado. Ele não era um homem divinizado e nem um deus humanizado, era homem-Deus. Diante das primeiras linhas do Evangelho de Lucas (1:1-4) vemos uma explanação do cristianismo como uma religião de fatos e o seu conteúdo afirmado como fidedigno. Em síntese, seu pensamento é que, como cristãos cremos em um Jesus que se estabeleceu na história, e cuja presença entre nós é confirmada por fatos e fé.

Falando sobre Lucas. Sabemos que Lucas era sírio de nascimento provavelmente da cidade de Antioquia. Mantinha uma caminhada estreita com o apóstolo Paulo, até seu martírio Cl4:14; Fm 24; II Tm 4:11). Como o Evangelho que leva seu nome, Lucas também produziu uma obra monumental da história do cristianismo, chamada “Atos dos Apóstolos” (At 1:1,2). Lucas narra a missão de Jesus saindo da Galileia e chegando até Jerusalém e indo até “(…)os confins da terra” (At 1:8). No Evangelho, Lucas apresenta o caminho de Jesus; em Atos, temos o caminho da salvação, com o centro de referência em Jerusalém.

Sem perder Jesus de vista. Lucas foi reunindo os fatos do nascimento de Jesus com base no testemunho da própria mãe de Jesus esse é um fato inferido nos textos bíblicos).Os detalhes que temos não nos deixam dúvidas de que Lucas estava com alguém que havia presenciado todos esses acontecimentos. A narrativa sobre Maria “uma virgem comprometida” (…) com José, da descendência de Davi. O anúncio do nascimento de Jesus nos é apresentado como um rito de chegada de um herdeiro real. Por isso, entendemos que Jesus herdaria o trono de Davi como cumprimento da promessa feita pelo Senhor a Davi (II Sm 7:12-16). Conectar Jesus com o rei Davi é mais que um recurso estilístico; é o estabelecimento de um vínculo redentivo. Lucas via no nascimento de Jesus o cumprimento da esperança de que um descendente de Davi haveria de levantar-se, como foi prometido em Gênesis 49:10; Isaías 9:6,7; 11:1,12; Jeremias 23:5,6.

Para fim de conversa. Conhecer um Jesus que nasceu em uma manjedoura e morreu em uma cruz, sem chamar nada de realmente “seu”, é um apelo ao nosso estilo de vida cada vez mais insano e individualista. Jesus foi um homem pleno, seu crescimento foi integral: “(…) em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2:52).

 

Marcia Pinheiro – Equipe de Estudos e Resumos

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