PASTORAL | Déficit de Alegria?

Déficit de Alegria?

Um jovem pastor, na Inglaterra, resolveu visitar todas as suas ovelhas no início do seu ministério.

Um dos membros trabalhava em uma mina de carvão, e o pastor resolveu ir até lá. Como reconhecê-lo? Os mineiros usavam roupas todas iguais. Então alguém disse: “Quando o senhor encontrar um homem cantando hinos, é esse”.

O pastor desceu à mina pensando: “Ele deve estar cantando um hino como aquele que diz ‛Ao passar pelo vale escuro…’”. Mas o que ouviu foi surpreendente. O crente estava cantando: “Eu alegre vou na sua luz…”.

A aproximação do Carnaval nos leva a refletir sobre a natureza e a fonte da verdadeira alegria. A pergunta que se impõe é: o que é que faz o seu coração saltar de alegria? Algumas pessoas atrelam a alegria à posse de uma confortável vida financeira. Outras a condicionam a um bom estado de saúde; outros, a uma família bem estruturada… e por aí vai.

Quando passo em frente a algumas igrejas no centro da cidade, lembro que o cristianismo medieval inventou uma espiritualidade mórbida. São templos cujo interior é escuro, às vezes, com fracas luzes de vela, dando a entender que a luz da alegria passa longe dali. Essa visão é lamentável, porque diverge da visão bíblica da fé. O caminho do justo é cheio de alegria, porque ele “tem prazer na lei do Senhor” (Salmo 1.2). O justo é tão feliz, que ele não precisa se assentar na roda dos escarnecedores. Ele não precisa de álcool, nem de tambores, nem de outra qualquer prática que contrarie a Palavra. Ele já tem, ancorada no coração, proposta de alegria melhor.

Nos dias de Ana, esposa de Elcana, a infertilidade era como uma lepra. O grande sonho de Ana não era perder peso, não era manter-se jovem, não era viajar para conhecer o mundo… era simplesmente ser mãe! Orou a Deus e transferiu para ele a sua luta, e ele encheu o seu coração de alegria: “[Ana] agora estava radiante” (1Samuel 1.18, A Mensagem).

Crente não precisa de Carnaval!