A atitude do ministro de Deus diante dos modismos

(2Timóteo 3;4)

“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.”

(2 Timóteo 4.1,2)

 

Cada época vivida na história da humanidade tem suas peculiaridades e dificuldades, que a igreja encontrará e defrontará para posicionar-se em relação ao que crê e defende como valor para o bem viver em sociedade (1Pe 3.15).

A época em que Paulo escreveu sua última carta a Timóteo também era um período de falsos ensinamentos, por que não dizer, de modismos também? Modismos são coisas, fatos ou conceitos defendidos que se apresentam na sociedade. Além de ser tendencioso, pode funcionar como armadilha, pois não tem sustentação e base sólida que ajude a perdurar e enraizar. Paulo apresenta exortações quanto à maneira de proceder e seguir testemunhando do evangelho alicerçado na Palavra de Deus.

Timóteo é advertido sobre “tempos difíceis”, numa descrição de “uma situação atribulada, penosa e de extremo perigo”, além de ser orientado a manter-se afastado de pessoas ingratas, gananciosas, desonestas e orgulhosas. Paulo descreve as práticas dessas pessoas imorais com influência maléfica para a sociedade, comparando-as com Janes e Jambres que, na época de Moisés, foram mau exemplo no Egito com práticas enganosas. Mas traz uma palavra de esperança ao mencionar que esse tipo de pessoa não perdurará, pois suas más obras serão reveladas e arcarão com as consequências (Lc 12.2,3).

Paulo mostra que tanto ele quanto Timóteo trilham caminhos opostos dos malfeitores e andam segundo a vontade de Deus. Exemplifica momentos de tribulação que Timóteo esteve presente, no entanto, a presença de Cristo em suas vidas fez toda diferença, dando-lhes livramentos. Paulo faz ainda comparativo da destinação dos justos e injustos.

Diante do tempo de modismos e corrupções em que viviam, Paulo reitera o valor das Escrituras e pede a Timóteo que se mantenha leal a elas, pois conduzem, por meio de Cristo, à salvação. Encoraja-o a permanecer no que aprendeu acerca de Cristo desde a tenra infância com sua mãe e avó. É a Palavra com seus princípios que será a melhor arma de combate aos modismos que surgirão (Mt 24.35), pois o resultado da pregação da Palavra, independente do tempo e ocasião, aliada ao aconselhamento, repreensão e exortação a igreja, com paciência e ensino, será a consolidação da identidade cristã na vida dos crentes. Com esta atitude diferente da proposta mundana dos modismos, os servos do senhor encontrarão equilíbrio e atuarão no mundo com proposta ministerial de transformação,

mesmo que passem por provações. O mesmo conselho paulino serve para a igreja de hoje no intuito de seguir pregando a Palavra, mesmo que os dias sejam maus.

Ao iniciar sua despedida, Paulo cita o desafio do ministro de Deus de finalizar sua carreira com fé e expectativa de desfrutar das promessas divinas de eternidade nos céus. Mesmo que passe pelo vale da sombra da morte, Deus estará com ele e o conduzirá em triunfo à morada celestial (Sl 23.4; Jo 11.25,26).

A coroa é dada àqueles que vencem a competição. Na proposta cristã, a coroa é para os fiéis que pela fé se entregaram a Jesus e perseveraram em cumprir sua missão até o fim (Ef 2.8-10).

Paulo menciona numa perspectiva espiritual que, mesmo que seja condenado e morto pelos homens, Deus o conduziria a salvo para sua morada celestial, e dedica toda glória ao Senhor pelo cumprimento de sua vontade soberana.

Deus seja louvado eternamente, amém.

Catarina Damasceno – Equipe de Estudos e Resumos.

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