Min. Kely Decotelli

Sob a luz do rosto de Deus

O azulejista que fez a parede de nossa cozinha nos deixou uma baita dor de cabeça. Todas as vezes que ligo uma luz direcionada para essa parede, consigo ver todas as suas imperfeições. Olhar para essa parte da casa, com essa luz acesa, me causa muito desconforto.

Isso me faz pensar em nossas próprias vidas. É impossível estarmos perto do Senhor e a luz de sua verdade não revelar nossas imperfeições. O salmista nos lembra: “Diante de ti puseste as nossas iniquidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos” (Salmo 90.8).

Tal fato gera um desconforto necessário, que pode nos levar ao arrependimento e, consequentemente, nos tornarmos pessoas melhores e mais parecidas com nosso Senhor.

A realidade é que, muitas vezes, nos cobrimos de falsas afirmações sobre nós mesmos, nos distanciando da luz, ao passo que nos aproximamos daquilo que acreditamos ser. Quando apago a luz que se volta para parede de minha cozinha, não quero lidar com a dor de cabeça que aquilo representa – o fato de que alguém foi pago por um serviço que não fez corretamente, uma nova reforma, gastos que não posso ter – e acabo tornando meu problema obscurecido outra vez. Quando não quero ouvir o que a verdade da luz de Cristo revela sobre mim, perco a oportunidade de me reconhecer e me arrepender.

C.S. Lewis nos acrescenta: “Quando um homem se torna melhor, compreende cada vez mais claramente o mal que ainda existe em si. Quando um homem se torna pior, percebe cada vez menos sua própria maldade”.

Reconhecer nossas imperfeições na luz do rosto de nosso Senhor, não nos torna inferiores ou fracassados em nossa caminhada, mas pessoas conscientes de quem somos diante do Cristo que nos salvou e pode nos tornar melhores a cada dia.

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