Pr. João Soares da Fonseca

Celebrando o Fim da Guerra

Faz justamente hoje cem anos que foi assinado, em Compiègne, na França, o armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial (1915-1918). Um dos signatários, o Marechal Ferdinand Foch, enviou por telégrafo esta mensagem aos seus comandantes: “As hostilidades cessarão em todos os fronts no dia 11 de novembro às 11h, horário da França”.

A Grande Guerra, como então era chamada, envolveu basicamente Inglaterra, França e Rússia, de um lado, e Alemanha, do outro. Teve início em 28 de julho de 1914 e terminou em 11 de novembro de 1918, matando cerca de 9 milhões de soldados, deixando feridos 21 milhões de outros, além de tirar a vida de 10 milhões de civis.

É curioso que a propaganda oficial dizia que essa era a guerra que acabaria com todas as outras, ingênuo otimismo típico do início do século XX. Platão não compartilhava desse otimismo, pois escrevera: “Somente os mortos é que têm visto o fim da guerra”. Em 1982, em plena guerra Irã-Iraque, um iraquiano me disse com um estranho sorriso: “Nós gostamos da guerra. Está no nosso sangue.”  E quem disse que são apenas os iraquianos? A guerra ensanguenta as páginas da história.

Os crentes, porém, desejam a paz. E por quê? Porque ela é de Deus. No sermão da montanha, Jesus disse: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9). No Salmo 34.14, lemos: “Aparta-te do mal e faze o bem; busca a paz e segue-a”. Resumindo: A paz é típica do povo de Deus. Os hooligans não têm vez na casa do Senhor. Por causa deles os estádios de futebol ficam cada vez mais vazios. Violência não se justifica, aliás, em lugar nenhum.

Paulo recomenda que o crente não seja dado a contendas (Tito 3.2). Mas parece que nem todos aprendemos a fazer isso. Nas famílias, na sociedade, no trabalho e nas igrejas temos os pacificadores, mas também, infelizmente, temos os amantes da guerra. Que o espírito belicoso se retire do nosso meio!

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