Pr. João Soares da Fonseca

O ministério do pastor canadense Harry Ironside (1876-1851) foi muito abençoado nos Estados Unidos.

Certa vez, visitando uns amigos, notou que um homem, que antes integrara o grupo, não estava. Perguntou por ele e ouviu: “Ah, ele ficou irritado aqui com alguma coisa, e disse que não voltará mais. Tentamos convencê-lo a voltar. Admitimos o nosso erro, pedimos desculpas… Mesmo assim, ele não voltou. É um velho teimoso.” O pastor Ironside disse: “Bem, vou ver o que posso fazer”.

O pastor foi à casa do homem e, ao bater à porta da frente, ouviu a porta dos fundos bater. A mulher atendeu, cumprimentou o pastor e o convidou a entrar. “Seu marido está?”. Ela, triste, respondeu: “Neste momento, não”. O pastor disse: “Vou ficar na cidade por algumas horas e queria conversar com ele”. “Bem”, ela disse, “acho que sei onde ele está. Vou mandar uma das crianças chamá-lo”. Daí a pouco, o homem apareceu e saudou o pastor, ainda que de modo frio.

O pastor disse: “Entendo que haja alguma dificuldade entre você e os outros na igreja, e eu vim ver se posso ser de alguma ajuda”. E o homem, furioso: “O senhor não entende a situação. Eles se opõem ao que é certo, não vou defendê-los. Eu quero meus direitos”. Ironside disse: “Bem, irmão, leiamos Filipenses 2.5-8: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, existindo em forma de Deus, não considerou o fato de ser igual a Deus algo a que devesse se apegar, mas, pelo contrário, esvaziou a si mesmo, assumindo a forma de servo… na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.” Outros textos foram lidos.

Quando terminaram, o homem ficou sentado com o rosto entre as mãos. O pastor orou. Finalmente, o homem confessou com rara franqueza: “Eu tenho sido uma mula velha e teimosa”. E ali mesmo decidiu esquecer tudo e retornar à comunhão com os irmãos.

Sem reconciliação, o Natal não faz o menor sentido.

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