Pr. João Soares da Fonseca

Creio, Mas Nem Tanto

Uma das histórias que mais ouvi dos púlpitos é a de Charles Blondin (1824-1897), famoso equilibrista (ou funâmbulo) francês. Nascido em 1824, ele se chamava Jean-François Gravelet, mas ficou mais conhecido como Charles Blondin. Sua competência, graça e originalidade na composição de seus atos, fizeram dele um artista muito popular.

Em 1855, Blondin foi para os Estados Unidos, e ficou trabalhando em Nova Iorque. Um dia, teve a ideia de fazer a travessia das Cataratas do Niágara, na fronteira com o Canadá. Ele atravessaria sobre o abismo, de 50 m de altura, numa corda bamba, de 340 m de comprimento. Assim, no dia 30 de junho de 1859, fez a primeira de várias travessias, sempre com diferentes variações teatrais: de olhos vendados, dentro de um saco, empurrando um carrinho de mão, levando um homem nas costas (seu empresário, Harry Colcord), sentando-se no meio da travessia enquanto cozinhava e comia uma omelete e em pé em uma cadeira com apenas uma perna da cadeira na corda.

Contam que um dia ele se virou para o grande público, que incluía repórteres de vários jornais, e lhes perguntou: “Quantos creem que eu posso atravessar essa corda bamba sobre as Cataratas empurrando um carrinho de mão?”

As pessoas aplaudiram ruidosamente. Vendo o que ele já havia feito, tinham certeza de que o grande Blondin poderia fazê-lo.

Então ele perguntou: “Quantos creem que eu posso empurrar um carrinho de mão até o outro lado da corda bamba com uma pessoa dentro dele?”

Houve nova manifestação efusiva da multidão.

Blondin então apontou para um dos homens mais entusiasmados da plateia, e disse: “Tudo bem, o senhor aí; pode entrar no carrinho de mão?”.

Nem é preciso dizer que o homem desapareceu do cenário.

A experiência de Blondin demonstra que há uma grande diferença entre a fé que dizemos ter e a fé que se lança à ação. Creiamos em Cristo, porque “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11.6).

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