Pr. João Soares da Fonseca

Perder Pra Ganhar

O americano Aron Ralston (1975-) jamais esquecerá o dia 25 de abril de 2003. O que lhe aconteceu naquele dia alteraria sua vida para sempre. É uma história tão dramática, que virou filme em 2010, e se chama “127 horas”.

Ralston amava caminhar pelas alturas e funduras de cânions diversos. Jovem de 28 anos, sem avisar ninguém, saiu nesse dia a explorar um cânion no Estado de Utah, Estados Unidos. De repente, uma rocha suspensa que ele escalava se moveu e prendeu seu braço direito. Era o início de um drama que duraria quase uma semana.

Ralston gritou por socorro, mas estava sozinho. Que fazer? Com um canivete, tentou raspar a rocha. Sem chance: a rocha era de meia tonelada. Caiu a noite, e ele ali, preso.

Imagine um dia, dois dias, três dias, sem dormir, sem comida, sem esperança! No quinto dia, o jovem foi obrigado a beber a própria urina. Foi quando decidiu que tinha diante de si duas opções: morrer ali ou amputar o antebraço. Com a ponta do canivete, escreveu seu nome, data de nascimento e data de ‛morte’ na “parede” do cânion, e gravou seu último adeus à família. Aron achou que morreria em poucas horas. Após acordar ao pôr do sol do dia seguinte, voltou a considerar suas opções: amputar o antebraço ou morrer.

Decidiu: com o canivete, sem anestesia, amputou o antebraço, operação que levou cerca de uma hora. Li que a cena que mostra isso, no filme, fez alguns expectadores passarem mal, ao ponto de terem que chamar médicos (adorocinema.com).

Sob um sol fortíssimo, Ralston ainda conseguiu caminhar oito quilômetros até o carro. Estava salvo.

O dilema de Ralston ilustra bem a mensagem de Cristo. Ao falar sobre as tentações, o Senhor disse: “Se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e joga-a fora; pois é melhor para ti perder um dos teus membros do que ir todo o corpo para o inferno” (Mateus 5.30). Ou seja, devemos nos livrar de qualquer coisa que impeça a nossa caminhada com o Senhor.

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