Pr. João Soares da Fonseca

Vencendo Pela Oração

W. P. Montague, professor de filosofia na América, conta que quando era menino, ficou um dia inteiro perturbando a sua mãe para que ela lhe respondesse como era a alma. Ela, por fim, tentando simplificar tudo para aquela cabecinha inquieta, disse que a alma era aquela parte da gente que nos faz “rir, chorar, pensar e movimentar-se” (HUDSON, 1951, p. 94).

É de se perguntar se há definição melhor para a alma. O que é que nos faz rir? O que é que nos faz chorar? E por que ficamos às vezes tão desanimados?Aliás, essa palavra (des+animado, do latim, sem ânima, sem alma) sinaliza que a alma também pode ficar doente. E uma das mais devastadoras doenças da alma é o desânimo profundo, que agora chamamos depressão.

A Organização Mundial de Saúde calcula que a depressão afete 340 milhões de pessoas no mundo. Só na América Latina, são 24 milhões. No Brasil, pelo menos 10% dos idosos apresentam quadros depressivos. No Canadá, quase 3 milhões de pessoas sofrem disso, embora menos de um terço procure ajuda. Um em cada cinco adultos (21,3%) vai sofrer alguma desordem mental em sua vida. A depressão atacará uma mulher em cada quatro, um homem em cada oito. Lá, gastam anualmente $ 12 bilhões de dólares com essa doença. O suicídio é a causa principal da morte dos homens entre 10 e 49 anos; é a quarta causa principal entre as mulheres.

Estima-se que a depressão atinja 15% dos homens e 25% das mulheres. Não é uma doença nova. Sempre existiu: quem primeiro a descreveu foi o grego Hipócrates (aquele mesmo, do juramento), que a chamou de melancolia. No século II, Plutarco alude a um deprimido: “ele se vê como um homem a quem os deuses odeiam e perseguem”.
Se assusta meio mundo, um dia essa doença atacou também a alma do profeta Elias. Daí Tiago dizer: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós…” (Tiago 5.17). Mas no mesmo verso, Tiago diz: “…e orando…”. Comece a vencer: comece a orar.

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