Pr. João Soares da Fonseca

Cochilo Letal

Os atores estão prontos para a filmagem. O diretor avisa: “Luz, câmera, ação”. É mais uma cena para o filme “Rust”, um faroeste que está sendo gravado na cidade de Santa Fé, no Estado de Novo México, EUA. Mas naquela quinta-feira, 21 de outubro, às 13h30, o experiente ator Alec Baldwin não podia imaginar que sua arma fosse dar tiro de verdade, matando a diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42 anos, e ferindo o diretor Joel Souza.

As investigações estão em curso, mas, mesmo que se comprove a inocência do ator, nada mudará o fato de que uma tragédia aconteceu em Santa Fé. Certamente Baldwin terá pesadelos, sempre que se lembrar que estava em sua mão a arma que tirou a vida a uma colega de trabalho.

Olhando de fora, a conclusão a que se chega sem muito esforço é que aparentemente foi um cochilo da segurança. Porém, mesmo sem a intenção de matar, o fato puro, simples, triste e lamentável é que Baldwin protagonizou uma cena assassina, que, diferentemente das cenas de ficção, não poderá ser desfeita nem refeita.

De vez em quando a mídia nos surpreende com histórias parecidas: alguém, pensando que a arma estivesse descarregada, aponta-a para um amigo e atira. Um instrutor de tiro estabeleceu como norma número 1: “Jamais aponte uma arma, carregada ou não, para qualquer coisa ou alguém que você não pretenda acertar, mesmo por brincadeira, a não ser em legítima defesa, não há exceção a essa regra, não importa que a arma esteja descarregada”.

Por que tanto rigor? Porque a potência de uma arma para provocar tragédia não é ficção. Lembremos que com arma não se brinca. Tiago nos adverte do perigo da língua como arma que pode devastar o outro: “A língua também é um fogo; sim, como um mundo de maldade, ela é colocada entre os membros do nosso corpo, contamina todo o corpo e põe em chamas o curso da nossa existência, sendo por sua vez posta em chamas pelo inferno.” (Tiago 3.6).

  1. 3 de novembro de 2021

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